Brasil!

Vamos lá, então, para o último post sobre antes de voltar.

Bom... na sexta-feira, dia 09, acordei bem cedo (04:30, ninguém merece... já era pra estar em Detroit nessa hora!) no hotel, tomei café da manhã (aquela barra de cereal esperta que nem lembrava que tinha colocado na mochila), e fui pro aeroporto. Quando fui despachar a mala, 51,5 lbs (o limite é 50)! A moça da US Airways tinha sido gente boa, o aeroporto estava vazio e tal, e ela tinha deixado ir com 51,5. Mas a da American Airlines falou assim: “é, está acima do limite. Desta vez, passa, mas na próxima tem taxa”! Como se ela fosse me ver de novo e lembrar de mim! Hahahaha Mas foi aperto!

Dormi muito nos voos e cheguei em Detroit. Leonardo e Mogli me buscaram e me levaram direto para o banco, pra eu fechar minha conta. Foi super tranquilo pra fechar. Tirei o resto do dinheiro que tinha na conta, e pronto. Depois disso, às 17:00, fui almoçar no Qdoba, restaurante favorito em Southfield, e fui pra casa arrumar as malas. Nossa, que dificuldade, sério! Já tinha sido difícil pra sair de Tucson pra Detroit, com a mala entupida, assim como a mala de mão e a mochila. A mala que estava em Southfield estava com espaço, mas o peso já estava no limite. Ou seja, uma tinha espaço e o peso estava no limite, outra não tinha espaço e o peso estava longe do limite. Depois de brincar de Tetris, tirando coisa de uma e colocando na(s) outra(s), apertando aqui e ali, e pegando roupas maiores pra vestir, fechei. Isso já era às 21:30, e fomos buscar a Rhayanne no aeroporto.

Na volta, passamos em um pubzinho onde estava rolando a despedida da Jill, uma americana amiga nossa, mas já estava tarde (01:00, sendo que fecha às 02:00), eles estavam em um lugar que tinha que pagar US$5,00 pra entrar, a gente estava com o Mogli, a Rhayanne (Jéssica e eu, também) estava cansada da viagem, e falaram que estava meio ruim. Então, jantamos e voltamos pra casa. Pronto... agora sim, era o último dia! =/

Conversas muito profundas e complicadas marcaram o último dia, que durou pouco, na verdade. Acordamos pouco antes da hora de almoçar e, logo depois do Qdoba (pra variar), já fomos para o aeroporto. Ali já começou a cair a ficha de que estava indo embora... É bem estranho, bem diferente de voltar da Bélgica, quando no último dia só despedimos da família, praticamente, e de San Diego, quando era muito mais um “até mês que vem, aproveitem Las Vegas por mim!” hahahaha. São pessoas com quem passei muito tempo, muito perto, praticamente morando juntos. Pessoas com as quais passamos muita coisa superficial, é verdade, mas, também, muita coisa séria. Era uma grande família, mesmo, com tudo aquilo que uma família tem (deixa pro próximo post), mas cada um já estava pensando na distância que estaria do outro quando voltasse pro Brasil.

Enfim... como chegamos cedo no aeroporto, Jéssica, Rhay, Mogli, Leonardo e eu ficamos esperando a hora do embarque, e acho que a gente queria ficar enrolando lá pra eu perder o vôo! Eh, deu vontade, mas a vontade de voltar pro Brasil também era enorme.

O voo foi bem ruim. Mais ou menos, na verdade. O voo foi ótimo, no sentido de que foi tranquilo, sem turbulências, sem atrasos, sentado no corredor sem ninguém do outro lado, comida boa, sem bebê chorando por perto, etc.. Mas a ansiedade e a falta de conforto não deixaram dormir nada. Era impressionante, nada ajudava a dormir, e isso fez o voo demorar ainda mais que o que ele, de fato, demorou. Milhares de coisas passavam pela cabeça nesse momento – pessoas, lugares, trabalhos, estágio, dinheiro, preços, impostos, comida, cama, médicos, remédios, academia, futebol, médicos hahaha, pessoas, tempo, alfândega, pessoas, Estados Unidos, pessoas.... E essa ansiedade, com outros pensamentos, traziam alguns sentimentos difíceis de controlar – alegria, medo, apreensão, insegurança, tristeza, (certo) arrependimento, frustração, raiva, impotência, amor, indiferença, felicidade, alívio, esperança, saudade, saudade, saudade... Bom, difícil dormir com isso tudo, eu acho, e o jeito foi procurar maneiras de focar nos bons pensamentos e bons sentimentos. Isso, até que não foi tão difícil.

Chegando no Brasil, já deu pra voltar a sentir o gosto na hora de pegar a mala no aeroporto, pela desorganização. Pela primeira vez na vida, não tive problemas ao passar pela Polícia Rodoviária Federal em um aeroporto, tanto saindo quanto chegando, por causa de um homônimo! Me senti como o Leonardo DiCaprio quando ele volta pra casa no final do Inception (A Origem)! Hahahaha Será que prenderam ele ou descobriram um jeito de me liberar sem a chatice de sempre? Bom, não sei. Só sei que passei direto. A alfândega me parou, pra variar, mas consegui explicar tudo pra eles, e foi até tranquilo.

Depois disso, foi só alegria... Fui pra casa, e estava de volta. Depois de 358 dias. Rhay, pelo menos mais um eu vou fazer, mas ainda estou pensando sobre suas propostas! Hahahahaha

Beijos, até o próximo!

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