Bean far, far away!: agosto 2013

Vamos lá, então, para o último post sobre antes de voltar.

Bom... na sexta-feira, dia 09, acordei bem cedo (04:30, ninguém merece... já era pra estar em Detroit nessa hora!) no hotel, tomei café da manhã (aquela barra de cereal esperta que nem lembrava que tinha colocado na mochila), e fui pro aeroporto. Quando fui despachar a mala, 51,5 lbs (o limite é 50)! A moça da US Airways tinha sido gente boa, o aeroporto estava vazio e tal, e ela tinha deixado ir com 51,5. Mas a da American Airlines falou assim: “é, está acima do limite. Desta vez, passa, mas na próxima tem taxa”! Como se ela fosse me ver de novo e lembrar de mim! Hahahaha Mas foi aperto!

Dormi muito nos voos e cheguei em Detroit. Leonardo e Mogli me buscaram e me levaram direto para o banco, pra eu fechar minha conta. Foi super tranquilo pra fechar. Tirei o resto do dinheiro que tinha na conta, e pronto. Depois disso, às 17:00, fui almoçar no Qdoba, restaurante favorito em Southfield, e fui pra casa arrumar as malas. Nossa, que dificuldade, sério! Já tinha sido difícil pra sair de Tucson pra Detroit, com a mala entupida, assim como a mala de mão e a mochila. A mala que estava em Southfield estava com espaço, mas o peso já estava no limite. Ou seja, uma tinha espaço e o peso estava no limite, outra não tinha espaço e o peso estava longe do limite. Depois de brincar de Tetris, tirando coisa de uma e colocando na(s) outra(s), apertando aqui e ali, e pegando roupas maiores pra vestir, fechei. Isso já era às 21:30, e fomos buscar a Rhayanne no aeroporto.

Na volta, passamos em um pubzinho onde estava rolando a despedida da Jill, uma americana amiga nossa, mas já estava tarde (01:00, sendo que fecha às 02:00), eles estavam em um lugar que tinha que pagar US$5,00 pra entrar, a gente estava com o Mogli, a Rhayanne (Jéssica e eu, também) estava cansada da viagem, e falaram que estava meio ruim. Então, jantamos e voltamos pra casa. Pronto... agora sim, era o último dia! =/

Conversas muito profundas e complicadas marcaram o último dia, que durou pouco, na verdade. Acordamos pouco antes da hora de almoçar e, logo depois do Qdoba (pra variar), já fomos para o aeroporto. Ali já começou a cair a ficha de que estava indo embora... É bem estranho, bem diferente de voltar da Bélgica, quando no último dia só despedimos da família, praticamente, e de San Diego, quando era muito mais um “até mês que vem, aproveitem Las Vegas por mim!” hahahaha. São pessoas com quem passei muito tempo, muito perto, praticamente morando juntos. Pessoas com as quais passamos muita coisa superficial, é verdade, mas, também, muita coisa séria. Era uma grande família, mesmo, com tudo aquilo que uma família tem (deixa pro próximo post), mas cada um já estava pensando na distância que estaria do outro quando voltasse pro Brasil.

Enfim... como chegamos cedo no aeroporto, Jéssica, Rhay, Mogli, Leonardo e eu ficamos esperando a hora do embarque, e acho que a gente queria ficar enrolando lá pra eu perder o vôo! Eh, deu vontade, mas a vontade de voltar pro Brasil também era enorme.

O voo foi bem ruim. Mais ou menos, na verdade. O voo foi ótimo, no sentido de que foi tranquilo, sem turbulências, sem atrasos, sentado no corredor sem ninguém do outro lado, comida boa, sem bebê chorando por perto, etc.. Mas a ansiedade e a falta de conforto não deixaram dormir nada. Era impressionante, nada ajudava a dormir, e isso fez o voo demorar ainda mais que o que ele, de fato, demorou. Milhares de coisas passavam pela cabeça nesse momento – pessoas, lugares, trabalhos, estágio, dinheiro, preços, impostos, comida, cama, médicos, remédios, academia, futebol, médicos hahaha, pessoas, tempo, alfândega, pessoas, Estados Unidos, pessoas.... E essa ansiedade, com outros pensamentos, traziam alguns sentimentos difíceis de controlar – alegria, medo, apreensão, insegurança, tristeza, (certo) arrependimento, frustração, raiva, impotência, amor, indiferença, felicidade, alívio, esperança, saudade, saudade, saudade... Bom, difícil dormir com isso tudo, eu acho, e o jeito foi procurar maneiras de focar nos bons pensamentos e bons sentimentos. Isso, até que não foi tão difícil.

Chegando no Brasil, já deu pra voltar a sentir o gosto na hora de pegar a mala no aeroporto, pela desorganização. Pela primeira vez na vida, não tive problemas ao passar pela Polícia Rodoviária Federal em um aeroporto, tanto saindo quanto chegando, por causa de um homônimo! Me senti como o Leonardo DiCaprio quando ele volta pra casa no final do Inception (A Origem)! Hahahaha Será que prenderam ele ou descobriram um jeito de me liberar sem a chatice de sempre? Bom, não sei. Só sei que passei direto. A alfândega me parou, pra variar, mas consegui explicar tudo pra eles, e foi até tranquilo.

Depois disso, foi só alegria... Fui pra casa, e estava de volta. Depois de 358 dias. Rhay, pelo menos mais um eu vou fazer, mas ainda estou pensando sobre suas propostas! Hahahahaha

Beijos, até o próximo!

Link pro post anterior: "Graduation" @ Raytheon

Link pro próximo post: Let the Memories Begin! Again!

Bom… vou começar este post dizendo o seguinte: já estou chegando (já cheguei hahaha)! Não sei se vou conseguir postá-lo em Miami e, se não conseguir, vai ser em BH. Mesmo ele não sendo o último da viagem. Enfim, vamos lá.

No último fim de semana em Tucson, não fiz nada. Já estava no clima de voltar pro Brasil, começar a arrumar as malas e tal. Marcou uma semana para o dia de chegar no Brasil. E pensar que eu lembro tão bem do dia que marcou uma semana para SAIR do Brasil.

A última semana de estágio começou com uma palestra da Vice-Presidente da área de Gerência de Produtos (na verdade, eu nunca lembro direito os cargos dos palestrantes! Hahahahaha), sobre os produtos da Raytheon e, como sempre, sobre sua carreira. Depois disso, começou a aula do dia: Tactical Missiles, ou Mísseis Táticos. Ela começou às 09:30 e foi acabar só às 16:30 e, mesmo assim, apesar do sono, ficou um sentimento de que poderia até ter durado mais – de fato, faltou falar de uma das cinco partes, mas o próprio professor disse que ele gosta assim. Fizemos várias atividades sobre a aula, e ele passou por vários aspectos relacionados a mísseis, como “o que é um míssil?”, “como é um míssil?”, “como um míssil atinge um alvo?” passando por aerodinâmica, propulsão, direcionamento, navegação e controle e outras coisas. Foi, realmente, muito interessante.

Voltando para casa começamos o nosso último projeto, que seria apresentado na quinta (último dia): identificar, nas áreas prioritárias do Ciência Sem Fronteiras (Science, Technology, Engineering & Mathematics – STEM), situação atual, objetivo para 2020, o que falta e, por último, como o programa irá ajudar o Brasil a atingir esse objetivo. Parece bem bobo, mas tem muito a ver, e dá muito para aplicar o que aprendemos aqui parar realizar o trabalho. O problema foi decidir como fazer isso tudo, pois tivemos algumas ideias a respeito e estávamos com dificuldade para decidir como fazer.

Como ficamos até muito tarde na segunda-feira discutindo sobre o trabalho, terça-feira foi o dia de ficar com muito sono. Além de ter dormido pouco, o dia começou com o vice-presidente da área de “Human Resources & Security” da Raytheon. Tipo, legal, mas dormir ou trabalhar no projeto seriam duas atividades mais proveitosas. Depois disso foi a palestra inútil menos inútil do dia: Leadership Styles and Leadership Development. A última da manhã foi sobre Finance & Organization e, como disseram por aí, essa é chata! O negócio é gastar tudo! Hahahahaha

À tarde, só visitas! Visitamos o “museu” espacial da UofA, onde também são feitas várias pesquisas e projetos. O apresentador falou sobre o projeto de US$ 803 mi que estão fazendo agora para a NASA! Lá também são mostrados vários meteoritos, de todos os tipos. Depois fomos na “base” do HiRISE, um projeto através do qual eles mandaram um satélite para Marte que fica tirando várias e várias fotos, inclusive de sondas e robôs que pousam lá na superfície! Bem legal, e existem algumas fotos impressionantes! Por último visitamos tipo o planetário, mas não vimos o espaço (hahaha) – só nos falaram algumas coisas sobre o espaço e, principalmente, Marte. O problema era que, nessa hora, ninguém conseguia prestar a mínima atenção em mais nada!

Chegando em casa, depois de uma cochilada de meia hora (excelente!), ficamos fazendo o trabalho e, já bem tarde, fui realmente arrumar as malas. Estava quase tudo pronto!

Na quarta-feira a gente pôde dormir até um pouco mais tarde, já que a gente ia para um passeio pela manhã, e o museu não abria tão cedo assim (só dormimos meia hora a mais, também... nada que resolvesse o sono!). No meu caso, então, menos ainda, já que ainda tinha as malas para arrumar. Fomos para o museu. Lá é, na verdade, um lugar onde era a base de um míssil nucelar super poderoso, que tinha poder para obliterar uma área gigante em volta de onde ele caísse (um círculo de 30 km de raio, aproximadamente), mas nunca precisou ser usado. Isso, como o guia contou, foi o ponto positivo: ele foi construído e estava pronto, mas nunca precisou ser usado, então seu objetivo, que era fazer os outros países terem “medo” de atacar os EUA, foi atingido.

À tarde, fomos para a Raytheon e ficamos fazendo nosso trabalho. Só isso, e as palestras foram canceladas para que a gente tivesse este tempo para trabalhar. À noite, mais trabalho e, quando acabei minha parte, já eram quase 02:00 da manhã, e eu não havia feito nenhum progresso na mala! Eu tinha que sair, na quinta-feira, com as malas prontas, já que não ia voltar no housing pra busca-las.

Quinta-feira foi o grande dia. O último dia de estágio, dia de pegar o avião pra Detroit. Mais ou menos.

Fomos para a Raytheon, em um local diferente, bem mais chique. De 08:30 às 10:00 foi o tempo que tivemos para arrumar os últimos detalhes e preparar a apresentação. Eu ia apresentar novamente, e tinha que falar sobre a Engenharia, no Brasil, em cinco minutos! Claro que não ia dar tempo.

Bom, todos foram falando muito bem, inclusive eu! E tinha muita gente importante vendo, como o Vice-Presidente da parte de Defesa Naval da Raytheon e o Minister Counceler nos EUA, que é o terceiro cargo mais alto em uma Diplomacia Bilateral, ou seja, era o brasileiro mais importante nos EUA no dia. O Mercadante, Ministro da Educação infelizmente teve um imprevisto e teve que voltar para o Brasil na quarta-feira, mas o nome dele estava lá nas plaquinhas dos lugares marcados!

Começamos apresentando um resumo da primeira apresentação sobre a defesa no Rio. Era difícil resumir essa apresentação, que já teve que ser uma compilação de várias coisas, deixando algumas de fora da primeira vez, quando a apresentação durou duas horas. Agora, com só meia hora, foi mais ainda. Por isso, separamos um time para fazer só isso, e nem mexer na segunda apresentação. Ficou muito boa, e recebemos muitos elogios. Aí fomos para a segunda parte, sobre STEM. Cada um falou sua parte, todos passando um pouco do tempo planejado, inclusive eu, que gastei uns seis a sete minutos.

Depois da apresentação, rolou o papo de sempre. Um por um foi elogiando a apresentação e o inglês de cada apresentador. E o cara dos consulados pediu as apresentação pra gente, pra que ele mostrasse pra Dilma na reunião que vai rolar no final do mês! Sério, que orgulho! =)

Almoçamos e começou a formatura! Cada uma das pessoas importantes falou, rasgou a seda e tal. Depois foi o nosso orador, grande Chefe (também conhecido como Mendes, ou até mesmo, André! Hahahaha). Falou muito bem, foi emocionante. Recebemos o “diploma” e a Catherine (organizadora) virou pra mim e falou: “você, fala muito bem!”! Nossa, fiquei feliz demais!

Fomos para um restaurante tailandês até dar a hora de ir pro aeroporto. Foi muito ruim ter que despedir de todos os novos amigos àquela hora, sendo o único a sair. Foi difícil, especialmente, despedir da Rhayanne, mesmo com a grande possibilidade de encontrar ela em Southfield no dia seguinte! Enfim, tive que ir, e um dos engenheiros que ficava com a gente me levou. Quando ele foi embora, e eu fui fazer check-in, a bomba: “Seu voo foi cancelado, e o mais cedo que consigo fazer você chegar em Detroit é às 16:00 (10 horas mais tarde que originalmente), saindo às 06:55 de amanhã. Esse é o telefone pra você ligar e procurar hotel, não damos hotel voucher, nada!”. Como assim?! Bom, não adiantou reclamar, e nem reclamei muito. Mas consegui um desconto pra hotel, pelo menos.

Enfim, fiquei lá, sentado, carregando meu celular e contando o que tinha acontecido pra quem interessava, pensando se voltava pro housing, onde tinha casa mas tinha que pagar pra chegar. Quando já tinha decidido voltar pra lá, o cara da US Airways me chamou e falou assim: “normalmente a gente não faz isso, mas OK, aqui está um hotel voucher”! Hahaha Ele deve ter ficado com pena da minha suposta cara de coitadinho! Enfim, fui para o hotel e não fiz nada. Não era lá uma Brastemp (Grand Hyatt no aeroporto de Dallas), mas era até bom. E tinha uma garrafa de água grátis!

Enfim, assim eu me “formei”. De mentirinha, pela primeira vez depois da formatura da 4ª série! Hahahaha... O “estágio” na Raytheon foi muito bom, e me surpreendeu. Aprendi várias coisas, e conheci pessoas muito boas. Poderia ter durado mais e, ao que parece, é a ideia deles para o próximo verão. Não sei quando vou conseguir postar de novo, sobre os últimos dias (nem este eu sei quando vou poder). Mas vou colocar as fotos que recebemos da Raytheon. Ainda não tem todas as fotos tiradas, pois eles entregaram o CD no último dia, ou seja, por mais que eles possuem tecnologia de ponta, não colocaram as fotos do último dia! Vamos ver quando e como eles mandam pra gente!

Beijos pra todos!

Está quase!

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Recepção - Grande Andy! Sávio, Filipe e Gugu